terça-feira, 1 de julho de 2014

Estabelecendo uma [nova] rotina

Este ano o Léo já passou por duas escolas. Isso mesmo, agora está na terceira - e última, se Deus quiser. Lembram que eu tirei ele daquela que estava desde o ano passado porque não gostei da professora. Aí levei ele em outro berçário, da mesma rede de escolas, mesmo valor, mesmo horário, porém mais perto de casa, com professoras simpáticas e sistema de câmeras on line em todos os ambientes. Estava tudo muito bom, tudo muito bem, aparentemente. Mas o meu coração de mãe ainda não estava sossegado... Tentei deixar pra lá... As professoras eram muito amorosas (eram as mesmas o dia todo), o Léo adorava elas, ia bem para a escola e assim as coisas estavam caminhando. Até que um dia veio um bilhetinho na agenda avisando que as professoras iriam ficar com eles apenas no período da tarde e  de manhã seriam outras. Ok, mudanças às vezes são necessárias. Léo começou a ficar rebelde e se recusar a ir pra escola. De novo. E o coração de mãe dando sinal de alerta... 

Pausa
Deixa só eu explicar uma coisinha aqui. Eu nunca na minha vida tinha pensado o que eu faria com meu filho enquanto estava no trabalho, o dia todo. Putz, onde eu estava com a cabeça? Será que eu pensava que viria uma fadinha encantada e diria: "Vai trabalhar, mamãe, enquanto eu cuido do seu bebê, arrumo sua casa e faço o almoço!". Affffffff.... CHOQUE DE REALIDADE NÍVEL MÁXIMO!!!!! Lógico que eu teria que colocá-lo na escola em período integral.... Dãããããrrrr..... Aí que eu também não tinha pensado que iríamos almoçar separados, que eu deixaria ele às 7 da manhã para pegá-lo só às 17h... 10 horas longe do meu filho... Eu não me conformava com essa história de tirar ele da cama quentinha, sonolento, irritado, às vezes doente, pra deixar ele O DIA INTEIRO em uma escola. Eu estava sofrendo muito com isso, mas pensando com a cabeça (e o bolso $$$$), ainda era a melhor opção....
Despausa

Um belo dia estava eu na minha sala, trabalhando no computador, quando uma amiga entrou e perguntou pelo Léo. Eu, toda feliz, falei que ele estava bem, que estava na escola e que, veja só, poderia vê-lo em qualquer horário. Contei das câmeras e abri a janelinha que estava minimizada no computador. Quando abro a tela, o que vejo? Meu filho SOZINHO na sala de aula, com a porta FECHADA, a luz APAGADA e toda a turma com a professora em outra sala bem distante. Meu coração disparou assim que percebi o quanto ele estava desesperado, batendo nas paredes com as mãozinhas e tentando abrir a porta (que ele não alcançava) na pontinha dos pés. Peguei meu celular e tremia tanto que não conseguia ligar para a escola. Quando consegui, falei com a coordenadora, que disse que estava indo olhar o que tinha acontecido. 
Enfim.... acho que nem preciso explicar mais nada. Desde este dia, eu não levei mais ele lá. E aí, o que faria com ele? Não existia mais nenhuma escola em que pudesse confiar pra deixá-lo em período integral. Fiquei quebrando a cabeça por uns dias, levando ele pra trabalhar comigo, levando numa vó um dia, na outra no dia seguinte.... Rolando com ele pra lá e pra cá. Até decidir colocá-lo na escola onde trabalhei por muitos anos com Educação Infantil, a qual conheço o trabalho, as professoras, a metodologia, a higiene, o lanche... ou seja, tudo. A escola é maravilhosa. E salgada. E meio período. Mas mesmo assim matriculamos ele lá. E contratamos uma babá por meio período. E assim, estou praticamente trabalhando meio período só pra pagar escola e babá pro Leonardo. Meu horário de almoço virou uma loucura. Chego às 11:30, dispenso a babá e aí vou mexer com as panelas. Aquecer alguma coisa que geralmente deixo pronto na noite anterior, dar almoço pro Léo, almoçar, dar banho nele, colocar uniforme, preparar a mochila....... E, quando dá tempo, lavar a louça, senão eu mesma que tenho que lavar quando chego em casa no fim da tarde.

Mas, posso falar uma coisa? Não me arrependo. Meu coração está em paz. Sei que estou fazendo o melhor que posso. Ele dorme o quanto quer de manhã, mama, brinca com as coisinhas dele, assiste a Pappa (Peppa), almoça com a família, vai feliz pra escolinha nova, e isso que importa!!!

Ah, e quanto à rotina... bem... outra hora volto pra contar... Senão ninguém vai ler esse enorme mega blaster post-desabafo!!!

Beijos a todas as mamães trabalhadoras-guerreiras-sofredoras-apaixonadas como eu!

Quanto vale o sorriso de um filho?
Ah... não tem preço!!!